ARTIGO: Uma rede de apoio forte: o quão importante é o papel de quem está próximo a um paciente diagnosticado com câncer. Você pode fazer a diferença!
A notícia do diagnóstico de câncer muitas vezes vem como uma surpresa avassaladora, desencadeando uma mistura de emoções que vão desde o choque, até a negação, tanto para o paciente, quanto para os familiares e amigos. Diante desse cenário desafiador, é crucial reconhecer a importância de se permitir sentir e buscar apoio para processar essas emoções, e no caso das pessoas próximas, em como poder ajudar, lidar e conversar.
O tratamento do câncer demanda uma postura otimista e resiliente, de ambos os lados! Contar com uma rede de apoio forte, composta por familiares, amigos e profissionais de saúde, proporciona ao paciente não somente o apoio emocional, mas também prático, de confiança e segurança, desde ao auxílio de tarefas que podem ficar inviabilizados, a motivação e aceitação com as mudanças da aparência e do corpo. Ações estas, já comprovadas pela ciência, ajudam o paciente desde a parte psicológica, até mesmo a hormonal e evolução da imunidade.
Além dos aspectos físicos da doença, os pacientes enfrentam dificuldades emocionais, sociais e financeiras durante a jornada do tratamento. O impacto dos tratamentos, como cirurgias, quimioterapia e radioterapia, pode ser bastante significativo, causando efeitos colaterais físicos, psicológicos e alterações na qualidade de vida.
Nesse contexto desafiador, tanto os pacientes quanto os cuidadores enfrentam uma carga emocional intensa, acarretando estresse, ansiedade, culpa e exaustão enquanto se dedicam ao cuidado e apoio do paciente. Portanto, é essencial fornecer recursos e suporte psicológico não apenas aos pacientes, mas também aos familiares e amigos. Reforço e destaco aqui: procurem psicólogos, pois vocês são peças fundamentais nesse processo.
Grupos de apoio, terapia individual e programas de aconselhamento podem oferecer um espaço seguro para expressar emoções, compartilhar experiências e obter orientação durante esse período desafiador. Além disso, é fundamental capacitar os pacientes e cuidadores com habilidades de enfrentamento, promovendo resiliência, alívio e bem-estar emocional.
Culpar a própria pessoa pelo câncer é injusto e não considera toda a gama de fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença. Em vez disso, é essencial direcionar esforços para a prevenção, promoção da saúde e apoio emocional às pessoas afetadas pelo câncer. Abordar essa questão com empatia, compreensão e suporte é fundamental para ajudar aqueles que enfrentam essa jornada desafiadora a se recuperar com dignidade e esperança.
Por: Ana Lúcia Palma, Especialista em psicologia clínica pelo Conselho Regional de Psicologia.