Práticas comuns do dia a dia, mochilas devem ser usadas com atenção
Fisioterapeuta alerta para riscos do uso indevido, que pode causar dores e até escoliose
Capazes de carregar quase tudo que uma criança ou um adulto precisa ao longo do dia, as mochilas têm se tornado cada vez mais presentes na rotina. Mas, o uso delas pode trazer riscos, se não forem tomados alguns cuidados.
Fisioterapeuta e docente do curso de Fisioterapia da Estácio, Ednardo Fornanciari Antunes explica que o uso indevido pode levar crianças e adultos a sentirem dores e até mesmo a desenvolver escoliose, em alguns casos.
“Com o tempo, a criança ou mesmo o adulto pode desenvolver dores nas costas, nos ombros, má postura, que, inclusive, pode levar a curvatura da coluna, a chamada escoliose, ou mesmo ficar corcunda, que é um aumento da cifose da coluna. Essas condições, se mantidas, podem desenvolver um quadro de desgaste dos ossos da coluna e processos inflamatórios da musculatura”, explica o fisioterapeuta.
Diante dos riscos que o uso incorreto de mochilas traz, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que, para pessoas de seis a 18 anos, o ideal é que o equipamento tenha, no máximo, 10% do peso corporal. Ou seja, no caso de um adolescente que pesa 50 quilos, a mochila não pode ter mais de 5 quilos.
Para evitar problemas, o professor da Estácio dá algumas dicas para quem não abre mão do uso da mochila no dia a dia. “O correto é sempre carregar a mochila com as duas alças no ombros, não apenas uma. E, de preferência, optar por mochilas que tenham alças largas e acolchoadas. Além disso, é importante carregar realmente o essencial para o dia”, orienta.
Na hora de escolher a mochila, Ednardo explica que a pessoa deve observar alguns detalhes. O tamanho da mochila, por exemplo, deve seguir até a altura do quadril, cerca de três dedos abaixo da linha da cintura, com a regulagem das alças. “Portanto, não deve ser muito grande em relação ao tamanho da criança, principalmente”, afirma.
Para as crianças, uma opção são as mochilas com rodinha. Mas, nestes casos, elas devem ter a haste comprida o suficiente para que a criança não precise encurvar o corpo quando estiver puxando-a.
Matéria de Amanda Oseki