Pioneiros do rap e hip-hop em Brasília, Guindart’121 completa 30 anos de carreira
Três décadas de sucesso foram marcadas por dividir o palco com grandes músicos internacionais e nacionais da cena, 11 álbuns lançados, mais de 100 mil cópias vendidas, mais de 7 milhões visualizações e reproduções nas plataformas de streaming, além de projetos sociais e fomento na cultura local da cidade
De Planaltina-DF para o mundo, dividindo palco com 50 Cent e Jah Rule, a Racionais MCs, Thaid e Sabotage. Pioneiros no Rap e Hip-Hop no Centro-Oeste, o grupo inspirou e motivou vários músicos que hoje são a voz da cena como Hungria e Tribo da Periferia. Prazer, este é o Guindart’ 121, que neste ano de 2023 completa 30 anos de carreira.
Tudo começou em 1994, nas ruas e vielas da cidade de Planaltina/DF, que fica há pouco mais de 40 km do centro do poder do país, o Congresso Nacional. Na época, a realidade não só da cidade, mas, de todo o Brasil, era dura, principalmente para as classes sociais C, D e E – que predominava em Planaltina. Economia instável, inflação altíssima, baixo poder de compra e preços como do arroz e feijão muito elevados, fora os altos índices da criminalidade.
Realidade esta que de certa forma motivou um grupo de cinco amigos e dançarinos do famoso “break” nas ruas, a comporem e cantarem músicas que criticavam o sistema e alertava para a violência, sempre com um viés direcionado aos jovens a não se envolverem com o crime e as drogas. Os responsáveis foram Daher, Érico, Dahanna, Sorel, Handriel e Paulo, juntos deram vida à primeira formação do Guindart’ 121.
A história
O primeiro CD do grupo levou o título Ser ou não ser gângster, que teve grande repercussão com a música Emanuel, uma composição que narra uma história verídica de um grande atleta que se deixou cair nas drogas e acabou morrendo. Este álbum vendeu na época mais de 10 mil cópias em um ano, e, segundo apuração do grupo, teve ainda mais de 50 mil cópias piratas vendidas.
Crescendo pelo DF e alcançando outras cidades e estados, o grupo teve sua ascensão em todo o Brasil em 1997, onde ganhou o prêmio de revelação do rap, por uma das rádios mais conhecidas na época em São Paulo. foi eleito por uma das principais rádios de São Paulo como grupo revelação.
De lá pra cá, muitas mudanças, saída de integrantes, entrada de novos, inclusive do filho do Daher, o DG, que sempre acompanhou o pai nos shows desde bebê, e hoje é um dos principais responsáveis pela parte criativa, sonora e audiovisual do grupo.
Ao todo, 11 álbum foram lançados: Ser ou não ser gângster (1994), Livre arbítrio (1998), Século XXI (2000), A força está de volta (2004), Até a alma (2005), Ao vivo (2006), Outra cena (2007), Xeque Mate (2010), As melhores (2013), Revista Estilo D (2015), e Só os fortes continuam (2016).
Muito além da música
Além de todo o sucesso durante esses 30 anos de carreira, o Guindart’121 desempenha um papel muito importante na sociedade por meio de projetos sociais e educativos. O primeiro é o de ressocialização de ex-detentos ao mercado de trabalho, dando suporte e oportunidade de trabalho a priori em suas próprias empresas, para depois seguirem à vida, ao todo 12 pessoas já passaram pelo projeto.
O segundo é o de valorização ao grafite e combate ao pichamento. Por meio de oficinas, encontros e parcerias, o Guindart dá a oportunidade de formar grafiteiros profissionais e crescerem no mercado, além de apagar piche em muros, por meio do grafite.
Ações especiais para o aniversário de 30 anos
Durante todo o ano de 2024, o Guindart’121 vai promover diversas ações para celebrar as três décadas de sucesso. A primeira delas será a gravação do álbum acústico do grupo com a participação de oito músicos convidados. O evento acontecerá no dia 10 de março, que contará com 10 faixas inéditas.
Entre outras novidades estão as gravações dos videoclipes, em oito endereços da capital de grande representatividade para o grupo, além de produtos personalizados que serão vendidos e sorteados para os fãs.